segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Por que a luta continua, e não podemo se entregar pros homi de jeito nenhum

Vinicius Borba no Bloco do Beco/ Jardim Ibirapuera/SP
Este blog é o resultado de alguns anos de trampo entre movimentos sociais, articuladores e produtores culturais de várias quebras, da colaboração de periféricos e agitadores de diferentes localidades do Brasil que vem se mobilizando por uma verdadeira teia de parceiros das favelas do Brasil. Começou pela articulação de Vinícius Borba pelos Radicais Livres S/A com poetas do grupo quando, em 2007, ocorre a 1ª Semana de Arte Moderna da Perifeira em São Paulo capital, enviando dois poetas para participação nas atividades, saindo de São Sebastião DF para a Terra da Garoa.

As Capulanas acompanhas do Umoja em São Sebastião/2010

 Em 2009 seguiu o intercâmbio com a vinda do grupo Umoja de dramaturgia e culturas afrobrasileiras, que veio às favelas do Distrito Federal para várias apresentações. Eles percorreram cinco cidades satélites se apresentando para cerca de 2.000 pessoas e multiplicando a força da negritude, lá e aqui. Desde então eles já retornaram em 2011 para mais apresentações no Sarau Radical e na Universidade de Brasília e realização de oficinas e bate-papos. Em outras situações, parceiros como Magú, do Diga How, rapper de São Sebastião DF, participou diretamente de articulações com apoio de Gog para recepção de artistas de outras quebradas, como Nelson Maca, poeta de literatura Divergente, literato da Blackitude- Vozes Negras da Bahia, e outros que foram recebidos. Por essa articulação, outros agitadores chegaram às quebradas do DF trazendo suas mensagens.

 Parcerias como essa tem fortalecido a mobilização das comunidades, replicado experiências e transmitido ânimo e tecnologias sociais entre parceiros que crescem e mobilizam novas redes de potencialização da arte, música, literatura e articulação social que está mudando a cara das quebradas por uma revolução construída pela internet, pela força das ideias e autonomia das quebradas. O mais recente projeto é o Diga How vai à São Paulo. Nessa empreita, que pode ser conhecida e acompanhada pelas postagens que se seguem, você pode conhecer um pouco mais da luta pela democratização real do direito a arte nas quebradas, por uma nova articulação para dar voz aos sem voz, reinventando a contra-mola que resiste, desde sua essência.


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