quinta-feira, 9 de abril de 2015

Artistas da Guiné Bissau encontram apoio da Comissão de Justiça e Paz da CNBB

Carlos Moura (cam. branca) e Aponto Té 
Em encontro na Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o produtor cultural e estudante Júlio Antonio Aponto Té apresentou ao senhor Carlos Moura do projetos de cooperação cultural entre Brasil e Guiné Bissau. A reunião marcou um importante avanço nas atividades do Projeto Africanizando, que já realiza intercâmbio internacional entre artistas da África e Brasil desde 2009, em sua primeira fase de execução até 2019.

Neste momento a produção busca apoio para participação de artistas guineenses no festival Noite dos Tambores, em São Paulo, e para realização da exposição do artista Sidnei Cerqueira em Brasília.

Segundo o senhor Carlos Moura, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz e representante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Guiné-Bissau, o projeto representa importantes avanços nas relações bilaterais entre os países e demais nações africanas que virão a participar. Moura é colaborador das relações internacionais entre Brasil e Guiné, e compreende a força da ligação entre os países que tem relações históricas e cooperação determinada pelo Governo Federal brasileiro. O Brasil anunciou no último dia 2 de abril o perdão de 95% da dívida da Guiné-Bissau.

Para Júlio Aponto Té, produtor cultural do Projeto Africanizando e estudante de mestrado no Brasil, a proposta pode engrandecer ainda mais as relações entre países e tornar a troca humana mais viva. Para Aponto, os traços identitários entre brasileiros e guineenses trazidos no período colonial para Brasil, construíram laços culturais, musicais e de linguagem. "Somos países de língua portuguesa. Temos muitos traços em comum e podemos multiplicar essa relação trazendo o projeto Africanizando para o Brasil, um país que tem como base de formação de seu povo a nossos países africanos, em especial Guiné", disse.

A proposta prevê a vinda de artistas plásticos, literatos, músicos, bailarinos e produtores de Guiné para realizar trocas com o Brasil.


Matéria e fotos: Vinicius Borba

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